Com certeza você já ouviu falar sobre cultura de inovação. Da importância de desenvolvê-la dentro de uma organização, os benefícios que ela traz para a retenção de talentos e para o lançamento de soluções mais adequadas às necessidades dos consumidores. Mas, afinal, o que é cultura de inovação?
Para diversos autores, trata-se de um conjunto de hábitos, valores e atitudes que propiciam a criatividade e o desenvolvimento de ideias vindas de qualquer área da organização, com intuito de mudar o modo como a empresa faz negócios, valorizando seus colaboradores e colaboradoras, otimizando recursos e aperfeiçoando resultados.
Dessa forma, a cultura de inovação passa a ser parte da própria cultura organizacional, podendo trazer novas vantagens competitivas para a empresa.
Aspectos importantes à cultura de inovação
Para desenvolver a cultura de inovação, a empresa precisa prestar atenção em diversos aspectos, como:
- O conhecimento que as pessoas colaboradoras têm sobre as novas metodologias atreladas à inovação;
- Os recursos disponíveis para investimento em inovação, tanto em tempo quanto financeiros;
- O ambiente empresarial, ou seja, o clima organizacional como o próprio espaço físico (ou digital) que propicie a livre troca de ideias e experiências entre as diversas equipes e áreas;
- A abertura para erros e fracassos intrínsecos ao processo de inovar;
- A gestão do conhecimento, principalmente de projetos já executados e os aprendizados gerados com eles;
- O processo de inovação, desde a concepção de uma ideia até a sua transformação em uma solução;
- Os critérios de aprovação de ideias e investimentos.
Sendo assim, quando uma empresa está buscando promover a sua cultura de inovação, normalmente a criação e execução de programas para cultura acabam sendo ferramentas eficientes para essa construção. Em outras palavras, são iniciativas “perenes”, e para atingir um determinado resultado, e acontecem com uma determinada periodicidade. Podemos citar, por exemplo, os programas de intraempreendedorismo, hackathons, programas de design sprint etc.
Dentro de todas essas possibilidades que fomentam a cultura de inovação, aqui na Semente, rodamos o programa Realize. Seu principal objetivo é o de promover a aprendizagem em inovação com a mão na massa. Ou seja, ao mesmo tempo em que as pessoas recebem treinamentos e conhecimentos teóricos sobre os assuntos, elas também os experienciam na prática.
Conheça o programa Realize
O programa Realize surgiu a partir da necessidade de trabalhar a cultura da inovação dentro da empresa, de maneira rápida e objetiva.
Como citamos, o objetivo do programa é desenvolver a aprendizagem em inovação, por meio da vivência com ferramentas de inovação, explorando oportunidades de novas soluções e negócios. Nesse sentido, para além do fomento à cultura da inovação e da vivência com ferramentas de empreendedorismo, existe a possibilidade de geração de novos produtos ou serviços para a empresa.
Em oito semanas, as equipes passam pela definição de desafios, exploração do problema, ideação de soluções, experimentos, validação e construção de projeções para MVP e pitch, momentos em que elas apresentam suas criações. Cada etapa dessa trilha tem objetivos, conteúdos e ferramentas específicas, o que auxilia as equipes durante a jornada.
Como é construída essa jornada?
Abertura e desafios
A princípio, essa etapa foca na apresentação da jornada e apropriação dos conceitos de inovação. Além disso, as equipes têm contato com tendências tecnológicas, por meio da utilização de ferramentas específicas, que priorizam os desafios a serem trabalhados durante a trilha, os transformando em oportunidades de inovação.
Nesse momento, as equipes iniciam o que chamamos de “senso crítico da inovação”, que consiste na capacidade de identificar o que, de fato, é um projeto inovador daqueles que são melhorias contínuas para a organização.
Exploração
Depois do aprendizado gerado pela definição das oportunidades, chega o momento de explorá-los. Utilizando técnicas e ferramentas de design, pesquisa exploratória, entre outras metodologias de exploração, as pessoas participantes buscam entender tudo que está relacionado à oportunidade de inovação. Nessa etapa, as equipes precisam ir ao mercado, explorar as oportunidades no ambiente real, iniciando a iteração com possíveis futuros clientes.
Ideação
A partir da exploração da oportunidade de inovação, parte-se, então, para a ideação. Aqui a solução é idealizada. Com isso, constrói-se uma proposta de valor com base no público-alvo, utilizando-se de ferramentas de design e desenvolvendo o mindset de hipóteses. Qualquer criação a partir dessa etapa precisa passar por validações no mercado por meio de experimentos.
Experimentos
Com a proposta de valor e hipóteses de solução desenhadas, é hora de desenvolver experimentos para validá-las. Nessa etapa, as pessoas participantes colocam à prova as ideias levantadas a partir de vários experimentos, desde teste de conceito até teste-fumaça.
Planejamento de MVP e Pitch
A partir dos aprendizados gerados pelos experimentos, as equipes iniciam o planejamento de MVP para a solução validada, incluindo projeções de investimentos. Além disso, toda a construção da trilha é estruturada em um pitch.
Pitch Day
É o dia de apresentação de toda a construção da equipe durante a trilha. Aqui a empresa pode optar por organizar um evento e dar visibilidade aos projetos, contribuindo ainda mais para a cultura de inovação. Também é o momento de avaliá-los e de distribuir premiações.
Plano de Voo
O último passo da trilha é o encontro de plano de voo. Tratando-se de um programa focado na aprendizagem, é essencial a reflexão sobre o que foi aprendido e como aplicar esses conhecimentos no dia a dia da empresa.
Finalizado o programa, os colaboradores que ficaram imersos em todo o processo conseguiram experienciar diversas técnicas novas e ferramentas que podem ser levadas adiante e aplicadas em outros projetos. Tudo isso é motivo de inspiração para que diferentes pessoas as utilizem, o que, como resultado, auxilia na ampliação da tão buscada cultura de inovação.
Por fim, vale ressaltar que o programa Realize é bastante flexível. É possível rodá-lo em uma única empresa com diversas equipes, ou em Institutos com a participação de várias empresas, cada uma com uma equipe. Nesse último caso, assim como aconteceu no Instituto Caldeira, a troca de experiências é ainda mais positiva, pois potencializa os resultados de aprendizagem.