Nos dias de hoje, temos o privilégio de vivenciar a disrupção na inovação em diferentes segmentos do mercado. Este é o fenômeno que se encarrega de transformar um determinado mercado ao apresentar as ferramentas simples, convenientes e acessíveis.
Ou seja, por meio da inovação disruptiva são apresentados produtos ou serviços que criam um novo mercado, desestabilizando os concorrentes que, anteriormente, costumavam dominar o setor. Aos poucos, os diferenciais da solução começam a ser notados pelos consumidores, o que pode acabar resultando em uma profunda mudança no comportamento de consumo. Como resultado, a solução anterior, em que a inovação disruptiva chegou para desbancar, de fato se torna obsoleta e praticamente desaparece do mercado.
Assim, a inovação disruptiva aparece, justamente, para possibilitar a otimização e aceleração de demandas do mercado, desde as mais simples até as mais complexas, proporcionando, também, uma geração de valor por meio de uma solução inovadora.
As forças de inovação: as sete principais
E para ilustrar os marcos de inovação de processos, produtos e serviços que resolvem problemas reais e geram valor, compartilho os principais pontos da inovação, movidos pelas forças que a sustentam. Para isso, me apoio no livro “The future is faster than you think: how converging technologies are transforming business, industries and our lives”, escrito por Peter H. Diamandis e Steven Kotler (em tradução livre: O futuro é mais rápido do que você imagina: como as tecnologias convergentes estão transformando negócios, indústrias e nossas vidas).
Para os autores, são sete as forças da inovação:
1 – Poupar tempo: o nosso maior ativo nos dias de hoje é o tempo. Por isso, as inovações que poupam o tempo dos usuários são sempre as mais buscadas.
2 – Disponibilidade de capital: ao longo do tempo, e mesmo em meio a crise econômica, é cada vez mais possível participar de pequenos, médios e grandes fundos de investimento prontos para abraçar o sonho e entrega dos empreendedores.
3 – Desmonetização: o primeiro projeto do motor de automóvel elétrico surgiu em 1828. Porém, transformar este projeto em larga escala e adaptar toda uma sociedade com abastecimentos elétricos custaria muito investimento. Entretanto, hoje em dia já é notável que o mercado automobilístico está muito favorável para a potencialização da presença dos carros elétricos.
4 – Mais gênios no jogo: felizmente, temos mais de um Einstein, Jobs, Gates e Zuckerberg no nosso planeta para pensar em como tornar as ações triviais (ou não) da nossa sociedade mais acessíveis, rápidas e melhores.
5 – Maior conectividade: cerca de 4,66 bilhões de pessoas acessam a internet com um ou mais dispositivos. Este número representa mais da metade da população mundial e, até 2030, estima-se que todos os habitantes do planeta tenham acesso à internet.
6 – Novos modelos de negócios: a diversidade de modelos de negócios em nichos de mercado tem possibilitado o surgimento de muitas empresas inovadoras. Esse boom desmantela monopólios e cria acessibilidade para um número expressivo de pessoas que antes não tinham acesso a produtos e/ou serviços inovadores.
7 – Extensão da vida humana: quanto mais o ser humano percebe o seu potencial inovador, mais passos ousados nós buscamos dar. Como consequência, aumentamos a possibilidade de prolongação da vida humana, algo que desenvolvemos com melhorias na medicina, como as vacinas e os órgãos artificiais, por exemplo.
Se formos lembrar que há 10 anos, falar sobre inovação disruptiva poderia parecer loucura, hoje em dia temos provas suficientes de que não há limite para a potencialização da inovação e, como consequência, as realizações e prosperidades dos seres humanos.
Este texto foi escrito por Lucas Felippe, consultor de Inovação Empreendedora na Semente.